O lote disponível terá sido destacado de outra parcela e por isso, a sua forma estreita e estranha ao local, parece envolver o terreno adjacente a sul, formando um «U», com oito metros de largura e 44 metros de profundidade em relação á frente de rua.
A dificuldade do projecto consistia em organizar o programa da casa sem ocupar excessivamente o terreno, uma vez que a habitação, por força dos afastamentos exigidos pelo plano municipal, teria que ser predominantemente térrea.
Volumes simples, autonomizados e dispostos axialmente no terreno, criam simultaneamente acesso à entrada da casa, do lado norte, e ao jardim, do lado sul.
Os alpendres da entrada, inclinados e leves, procuram a cota do muro em pedra, deixando antever o volume superior que encosta à construção existente: - distanciados da frente da rua, projectam os espaços de estar para a extremidade do lote, possibilitando que estes estabeleçam uma relação directa com o jardim a sul:
A procura da luz e de espaço num terreno tão constrangido foi pretexto e tema para todo o projecto.
O espaço expande-se no interior tentando contrariar os condicionalismos impostos pela largura do lote. Sequência de cheios e vazios, enfiamentos visuais, aberturas zenitais ou vãos duplos criam pausas, continuidades espaciais e reflexos de luz.
O branco foi um tema dominante na arquitectura da casa. Superfícies contínuas reforçando o efeito de expansão espacial no interior, depuração e diferenciação volumétrica na imagem do exterior.
As funções de estar, mais indefinidas ou indeterminadas, situam-se no vazio resultante da disposição/ sobreposição de volumes. As funções mais específicas – o estúdio, a cozinha ou os quartos - dispõem-se em corpos diferenciados: no entanto, articulam-se de modo fluído e aberto e em cada momento, o mobiliário, a ponte de ligação entre os corpos, ou os alpendres de entrada assumem outro protagonismo espacial.
O espaço expande-se no interior tentando contrariar os condicionalismos impostos pela largura do lote. Sequência de cheios e vazios, enfiamentos visuais, aberturas zenitais ou vãos duplos criam pausas, continuidades espaciais e reflexos de luz.
O branco foi um tema dominante na arquitectura da casa. Superfícies contínuas reforçando o efeito de expansão espacial no interior, depuração e diferenciação volumétrica na imagem do exterior.
As funções de estar, mais indefinidas ou indeterminadas, situam-se no vazio resultante da disposição/ sobreposição de volumes. As funções mais específicas – o estúdio, a cozinha ou os quartos - dispõem-se em corpos diferenciados: no entanto, articulam-se de modo fluído e aberto e em cada momento, o mobiliário, a ponte de ligação entre os corpos, ou os alpendres de entrada assumem outro protagonismo espacial.
Fotografia: Luís Ferreira Alves