domingo, 27 de fevereiro de 2011

Casa Côrte-Real Arq. Paula Pinheiro

O projecto consiste na construção de uma habitação para uma família de quatro pessoas.
O lote disponível terá sido destacado de outra parcela e por isso, a sua forma estreita e estranha ao local, parece envolver o terreno adjacente a sul, formando um «U», com oito metros de largura e 44 metros de profundidade em relação á frente de rua.
A dificuldade do projecto consistia em organizar o programa da casa sem ocupar excessivamente o terreno, uma vez que a habitação, por força dos afastamentos exigidos pelo plano municipal, teria que ser predominantemente térrea.
Volumes simples, autonomizados e dispostos axialmente no terreno, criam simultaneamente acesso à entrada da casa, do lado norte, e ao jardim, do lado sul.
Os alpendres da entrada, inclinados e leves, procuram a cota do muro em pedra, deixando antever o volume superior que encosta à construção existente: - distanciados da frente da rua, projectam os espaços de estar para a extremidade do lote, possibilitando que estes estabeleçam uma relação directa com o jardim a sul:

A procura da luz e de espaço num terreno tão constrangido foi pretexto e tema para todo o projecto.
O espaço expande-se no interior tentando contrariar os condicionalismos impostos pela largura do lote. Sequência de cheios e vazios, enfiamentos visuais, aberturas zenitais ou vãos duplos criam pausas, continuidades espaciais e reflexos de luz.
O branco foi um tema dominante na arquitectura da casa. Superfícies contínuas reforçando o efeito de expansão espacial no interior, depuração e diferenciação volumétrica na imagem do exterior.
As funções de estar, mais indefinidas ou indeterminadas, situam-se no vazio resultante da disposição/ sobreposição de volumes. As funções mais específicas – o estúdio, a cozinha ou os quartos - dispõem-se em corpos diferenciados: no entanto, articulam-se de modo fluído e aberto e em cada momento, o mobiliário, a ponte de ligação entre os corpos, ou os alpendres de entrada assumem outro protagonismo espacial.
Arquitectura: Paula Pinheiro
Fotografia: Luís Ferreira Alves

sábado, 11 de dezembro de 2010

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Casa Fez Arq. Alvaro Leite Siza



A revelação das imagens da última obra do Arquitecto Álvaro Leite Siza Vieira, a casa Fez, motivou alguns comentários de tom jocoso e espirituoso, nomeadamente nas redes sociais. As razões são compreensíveis dada a aparente falta de escala da obra que na ausência de legenda facilmente se confundiria com um museu, mas em todo o caso trata-se de uma casa para um arquitecto… Não é que os arquitectos tenham necessidades espaciais diferentes, mas tratando-se de um jovem arquitecto de óptima condição monetária é natural que esta obra surja como uma espécie de laboratório, no qual o cientista testa em si a eficácia da sua vacina… esperemos que faça efeito.

P.S. Assim que vi a sanca da sala lembrei-me de uma atitude semelhante que anos antes (1991) o Arquitecto Souto de Moura tomou ao desenhar a mesa da loja de molduras Rui Alberto na Praça de Lisboa (Porto). Afinal parece que estamos sempre a falar na mesma coisa, mas um pequeno detalhe na construção do conceito pode fazer toda a diferença.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Paineis Solares, OH NÃO!!!



Esta coisa da arquitectura verde e sustentável começa a torna-se preocupante, não sei se por falta de qualificação dos profissionais que aplicam estes sistemas, se por uma certa distorção do conceito sustentável. O que é certo é que cada vez mais assistimos à propagação desordenada e descontextualizada de estruturas como os painéis solares, colocados inconscientemente onde a percentagem de exposição solar é a única condição que determina o desenho e a colocação.
No fundo, estas fotos são o reflexo do Portugal real em que vivemos, movido por modas e aparências supérfluas, um país onde as pessoas preocupam-se mais se a carteira dá com os sapatos ou se as jantes do carro são suficientemente grandes, mas o espaço onde vivemos e que vai viver para além de nós não merece o mínimo de atenção nem dedicação.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Zumthor e Claudia Schiffer?!?!


"O Zumthor não tem nada a ver com isto e por acaso nem o considero um arquitecto. Acho que ele é um artista no sentido em que sacrifica tudo à arte. É como um homem que decide casar e anda à procura da mulher mais bonita de todas. É um esteta, sacrifica tudo à beleza e depois os edifícios ficam todos lindíssimos mas é como almoçar com a Cláudia Schiffer. É bonita e pronto." Eduardo Souto de Moura in Jornal i por Laurinda Alves, Outubro de 2009

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Siza no Guggenheim de NY


O arquiteto Álvaro Siza Vieira é um dos 200 criadores de todo o mundo convidados a conceber uma "intervenção de sonho" no interior do Museu Guggenheim de Nova Iorque, iniciativa para assinalar o 50 aniversário da instituição.
"Contemplating the Void" ("Contemplando o Vazio") é o título da mostra que está patente no Guggenheim até 28 de abril.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Santo Estevão Shark

Animal - Tubarão Martelo by Natureza
Edifício - Casa St. Estevão ( Casa Cristiano Ronaldo ) by Souto de Moura

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Kunstmuseum Basel - vencedores e vencidos


Recentemente foram divulgados os resultados do concurso internacional para a extensão do Kunstmuseum em Basel. Ao que parece foi um concurso muito aliciante uma vez que contou com a presença de 5 vencedores do prémio pritzker (Peter Zumthor, Zaha Hadid, Rafael Moneo, Tadao Ando e Jean Nouvel). Apesar destes grandes nomes a vitória sorriu à uma dupla suíça Christ + Gantenbein, que ainda assim vê adiado o seu triunfo definitivo para uma segunda fase do concurso a disputar com o segundo classificado Diener & Diener.
Quem também tentou a sua sorte foi o Arq. Português Souto de Moura, mas na minha opinião e tendo em conta as imagens sem qualquer hipótese de entrar no top 5.

proposta de Souto Moura:


"dancake" building

Museo de arte comtemporanea, Kanazawa by SANAA
Caixa de bolachas de manteiga (ed. Natal) by DANCAKE

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

os caminhos da imaginação

Aproveito este post para anunciar aos mais distraídos que o Arq. Nuno Graça Moura tem um novo site, muito bem desenhado, com toda a sua obra. Inegável a influência de Souto Moura mesmo assim não esqueçam este nome que promete dar muito que falar no futuro da nossa Arquitectura. http://www.nunogracamoura.com/

sábado, 5 de dezembro de 2009

" A Sala de Vidro" livro de cabeceira

Situada na Checoslováquia, no cimo de uma colina, a Casa Landauer (Tugendhat, a foto está errada) é uma maravilha de aço, vidro e ónix, construída especialmente para os recém-casados Viktor e Liesel Landauer, um judeu e uma gentia. Mas a rectidão resplandecente dos anos 30 que a casa, com a sua invulgar Sala de Vidro, parece emanar, rapidamente perde o brilho à medida que se congregam as nuvens de tempestade da II Guerra Mundial, e a família acaba por ter de partir, acompanhada pela amante de Viktor e a filha desta.Porém, a história da casa está longe de chegar ao fim e, à medida que esta vai passando de mão em mão, dos Checos para os Russos, o melhor e o pior da história da Europa Central é de certa forma encarnado e talvez encorajado pelas belas e austeras superfícies e pelos planos tão cuidadosamente concebidos, até que os eventos completam o círculo da narrativa.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Entre aspas


"Never talk to a client about architecture (...). He will not anderstand whatyou have to say about architecture most of the time. An architect of ability should be able to tell a client what he wants. Most of the time a client never knows what he wants. He may, of course,have some very curious ideas, and I do not mean to say that they are silly ideas. But being untrained in architecture they cannot know what is possible and what is not possible."
Mies van der Rohe 1930

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Arranha-ceus do século XXI

segundo MAD architects:

from: http://www.i-mad.com/?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Metro chega a Santo Ovídio



Orçada em 31 milhões de euros, a obra arrancou este mês e tem um prazo de execução de um ano e quatro meses. Ou seja, espera-se que os trabalhos estejam concluídos no primeiro até Março de 2011. Nela estão contemplados as criações da primeira estação subterrânea no concelho e um túnel rodoviário de acesso à A1 (com as mesmas faixas de rodagem que actualmente existem).
O projecto prevê ainda a implementação do interface D. João II e cobertura da estação, criação de uma nova via BUS com sentido ascendente e a nascente da referida paragem. Para tal, serão rasgados três novos arruamentos em terrenos devolutos entre as avenidas da República e Vasco da Gama (EN222). E serão estes que servirão de alternativas ao tráfego rodoviário que pretende usar a principal artéria do município, uma vez que será necessário fazer o novo circuito em redor do quarteirão.
Enquanto o metro não chega a Laborim a Vila D’Este, fica pelo menos a nota do alargamento do comprimento da Linha Amarela e a construção de raiz da nova estação de Santo Ovídio.